quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

tic tac tic tac tic

Hoje é o penúltimo dia de um ano que jamais retornará. Assim como esse dia que irá ficar para trás e será se alguém lembrará dele...? Quem sabe. Anos... meses... dias... horas... minutos... segundos... E a cada centésimo de segundo que passa, nós morremos. E o segundo que passou morreu, virou cinzas, um pó que não encontraremos para prantear como deveria ser feito. Pois sim, esse segundo que passou te ajudou tanto! Durante sua breve passagem, seu coração continuou batendo... Seu pulmão continou trabalhando... E você, consequentemente, seguiu vivendo. Será? Você está vivendo? Ou simplesmente existindo? Como nos enganamos facilmente por pensar que vivemos... Viver é saber quem você é. Viver é fazer com que as suas escolhas sejam realmente suas. Viver é não se deixar influenciar pela opnião dos outros. Viver é ter consciência de que mesmo que sua vida esteja, a cada segundo que passa, se esgotando, você está vivendo.

''Dever, propriedade, fidelidade, desprendimento, bondade são soporíferos que induzem a pessoa a um sono tão pesado do qual ela só acorda, se é que acorda, bem no finalzinho da vida. Apenas para descobrir que jamais realmente viveu.'' (Quando Nietzsche Chorou)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

The Silence

Há algo mais sublime e raro do que o verdadeiro silêncio? Não falo do silêncio por não haver sons ou palavras, porque ainda assim, nossa mente faz um som ensudescedor. Não, esse silêncio definitivamente não é saudável. Falo do silêncio, que quando pronunciado, acalma a alma... O que falar então do silêncio contemplativo? Faz-me manter a minha sanidade, esta que por muitas vezes me diz adeus... Mas sempre acaba voltando. Como um adulto chato e cético que faz de tudo para não aceitar o novo. Quando descubro algo, a minha sanidade ameaça-me: ''Tu vais mesmo fazer isto contigo? O que vão dizer de mim? Irão dizer que fui uma péssima assistente. Eu tento trazer-te ao mundo real, mas tu insistes em me desafiar! Não vou embora porque tenho uma grande afeição por ti, mas irrite-me outra vez que deixo-te para sempre!'' E assim ela diz toda vez, então, para acalmá-la, prenseteio-a com o mais sublime dos silêncios, com o mais belo que puder encontrar. Eu não sou adepta do poder, mas o que posso fazer se ela quer me dominar? Tenho que assumir o controle dela, portanto, de minha vida. Gosto de correr riscos. Quero conhecer-me. Ela há de me entender, um dia minha sanidade irá entender, e quando este dia chegar, sei que ela estará exaurida de sua forças, mas neste dia ela fortalecer-se-á. Irá agradecer-me e ainda acrescentará: ''Obrigada, todos dirão como fui forte por aguentar-te durante todo este tempo. Sim, muito obrigada. A recompensa é muito mais valiosa do que qualquer paz que você poderia ter me dado durante esses anos.''


E aqui um poeminha que eu fiz, não é grandioso, é singelo. Mas eu o aprecio imensamente.

O silêncio é nada, mas diz tudo
É um texto sem palavras
Uma canção sem melodia

O silêncio diz tudo e não diz nada
Silencia e adormece
Sorri e entristece

O silêncio é um jogo de palavras
Palavras que não são ditas
Palavras que são sentidas


E só.

domingo, 27 de dezembro de 2009

5 Sentidos

Costumamos nos perder no infinito e navegar no obscuro e ainda assim, temos medo do escuro. Medo porque não há luz, não há toda aquela cor que entorpe a nossa alma e não podemos usufruir da maravilha de um olhar não-vazio. Mas ainda sem luz, há a fala. A fala que por tantas vezes nos tira do chão e nos faz sonhar com infinito, a fala que faz viver e a fala que faz morrer, que machuca quando dita. E se também não houvesse a fala? Ainda assim, haveria a audição, que faz transbordar de emoção nosso coração e que nos engana com as más-linguas. Ah, mas e se tudo isso se fosse? Claro, existe o tato! Ah, como é bom sentir a vida, como é bom tocar o ar e pegar no não-ser... Nossa, com tantas coisas como que tanto podemos reclamar? Mas é claro, como pude esquecer! Há ainda o paladar... aquele nos faz clamar de prazer e suspirar por outra dose de tamanha delícia... como é bom provar o amor.
Costumamos reclamar de não ter nada, mas possuímos tudo, tudo para enxergar o infinito, falar com as estrelas, ouvir os primeiros instantes do amanhecer, tocar no vazio e experimentar o saboroso gosto da Vida...

Fiz isso há um tempinho, dá pra perceber pelo contraste deste com o último post, um pouco mais pessimista... haha. Ler Nietszche e Schopenhauer dá nisso. Estou sem vontade de postar algo hoje. Minha mente está um pouco vazia... Talvez este não seja o termo certo... Tanto faz. Quem se importa?

Ah, o que eu posto aqui é meu. Posso basear-me em outros pensadores, e quando os cito, utilizo as famosas ''aspas''. E é só.

sábado, 26 de dezembro de 2009

''Torna-te quem tu és''

Instropectivamente falando, eu estou muito confusa. Venho procurando saber o que se passa na minha mente há alguns dias. Lendo o livro, Quando Nietzsche Chorou, fez com que clareasse mais minha mente, porém, ao passo que os meus pensamentos do que devo fazer tornam-se mais explícitos, eles vão emaranhando-se com pensamentos confusos, ludibriadores e assustadores, e isso, por sua vez, deixam-me bem MALUCA. Sim, fazer o que Sócrates mandou, conhecer-nos a nós mesmos, é mais difícil do que eu imaginara. Mais difícil do que qualquer pessoa acharia possível, na verdade, elas acham isso tão banal que não o fazem. Sendo assim, não nos conhecendo, fazer o que Nietzsche disse, como consta no título desta postagem, não é possível. Afinal, eu só vou tornar-me quem sou, quando souber quem sou. Mas como encontrar-me, como encontrar o meu real Eu sem não me perder? Como partir para esta encruzilhada sem sofrer com os pensamentos que assolam meu ser? A dor é uma consequência. Mas para erradica-la, ou pelo menos doma-la, preciso senti-la. Precisarei sofrer para descobrir o que se passa no cerne da minha alma. Mas como farei para tirar a venda de meus olhos, se meus orgãos mostram-se tão inúteis nessa busca pura e unicamente mental?
Bom, evocando o Pequeno Príncipe: ''É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.'' Ah, e como eu quero conhecê-las.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Feliz Natal!

Nada como um título mais clichê do que esse, mas o Feliz Natal que eu desejo é intríseco, do fundo da minha alma. Eu gostaria que as pessoas sentissem a magia do Natal durante todos os dias do ano... Gostaria que as pessoas fossem tão altruístas como são (ou tentam ser) no Natal durante cada hora do dia, com simples gestos do tipo ajudar quem realmente precisa, fazer um favor sem esperar receber algo em troca... Eu sei quão difícil é pedir isso às pessoas que são tão levianas e se deixam levar facilmente pelas coisas mundanas, como o dinheiro e bens-materias... E infelizmente, como somos tão acostumados a por a culpa em alguém para nos sentirmos melhores, dessa vez, não podemos culpar a vida por ser assim. Ela não é injusta. Nós sim. Nós olhamos a casca, não olhamos o que tem através dos olhos de cada outro ser-humano que vive, respira, ama e leva uma vida tão desgraçada que você jamais poderia imaginar. Mesmo que seja abastado, isso não significa nada. Os medos de cada pessoa não se encontram na grande casa coberta de ouro que esta possui, ou na sua morada debaixo da ponte. A maior enfermidade do ser-humano encontra-se na sua mente. Alojado na sua psique, emaranhando-se com pensamentos que outrora foram saudáveis, mas que vão sendo a cada dia que passa consumidos, afetados e lesados pela alma mesquinha de outro ser-humano que atinge sem dó nem piedade... Que fere com atos, mas fere principalmente com palavras.
Queria que isso fosse diferente... Assim todo dia seria Natal. Único. Especial.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

24/12

Por que desejam Feliz Natal hoje? O Natal é amanhã! 25/12! Eu não gostaria de, no dia 11/05, um fulano chegar e dizer: Áurea, feliz aniversário, tudo de bom pra você! Que sem sentido... E quem se importa afinal? Ninguém, mas no fundo a gente sempre tem aquela centelha de esperança... Bom, pelo visto entrei na contramão.
De qualquer jeeeeito, amanhã é Natal e não há um dia que seja melhor do que este!
Ok, ok. Vou continuar a ler Quando Nietzsche Chorou, mesmo que tenha demasiados termos médicos e psicológicos. Ler algo a mais nunca é demais! =)