sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A Paixão Pelo Inexistente

Às vezes eu fico me perguntando o por quê de algumas coisas serem tão complicadas. Sabe... É tanto para tão pouco. E é claro que eu me refiro a relações pessoais. Um dia você conhece uma pessoa. Um ano depois, com pouquíssimo esforço, mas com muitos sorrisos e companheirismo, você sente que conhece a pessoa por inteiro. Sabe ler suas feições, sente uma tristeza ocultada, compartilha felicidades. É bom. É simples.

Mas, outro dia... Aquele fatídico dia. Naquele fatídico lugar. No lugar menos esperado para você encontrar aquela pessoa. Há então a conversa - quanta coisa em comum! Filosofias e mais filosofias (há coisa melhor do que isso, numa conversa?!). E então o tempo vai passando... E você se esforça para essa pessoa permanecer na sua vida. Você faz o possível. Porque você sabe que tem importância (pelo menos é o que sua mente insiste em gritar). Mas é tão difícil. Cada conversa, uma nova descoberta - não que eu não ache isso maravilhoso, acho estupendo! Mas, um ano depois, mesmo tendo um incessante contato com essa pessoa, você percebe que não a conhece. Nada. Zero. Quanta insegurança!

Vale a pena insistir em algo tão cheio de incertezas? Vale a pena dar tanta importância a alguém, mesmo quando não há reciprocidade? Você acha que vale. Você insiste. Você não desiste. Você quer aquela pessoa na sua vida. Mas é escorregadio. É... É uma melodia, que mesmo você sabendo que tá na sua cabeça, mesmo sabendo que ela é linda, não consegue seguir os compassos. Não consegue aprecia-la por completo. Algo falta. Algo está errado. Sim - dentro de mim, algo está errado.

O que?