terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Wake up, fool!

Sophia tinha uma vida comum. Acordava, escova seus dentes e lia. Almoçava, lia, via televisão e ia à academia. Terça e Sexta eram dias diferentes - ela ia ao curso de inglês. Uma vida comum. Fazia o de sempre, sempre.
Um dia, Sophia acordou e viu que em suas mãos tinham rugas. Esse foi o primeiro dia em que ela realmente acordou - havia por anos dormido… Deixou uma boa parte de sua vida escorrer pelo tempo. Ah, se pudesse voltar atrás… Mas ela viu que ainda estava viva. Decidiu imediatamente quebrar as amarras da rotina e da comodidade.
Cada dia agora seria único. Cada dia seria um dia de brinde à vida. Não queria mais o de sempre.
Ela começou a praticar violino. E piano. E bateria. Praticava canto todas as manhãs, fazendo dueto com os pássaros, assistindo ao espetáculo do nascer do sol. Renascia todo dia, assim como ele. Em seguida, ela nadava. Ou corria, ou andava de bicicleta. Ou lia… Um dia Dostoiévski, no outro, uma gramática… Mangás, gibis, romance, ação, fantasia… Ela não tinha um gênero preferido. Ia da história do seu país à história do nascimento do Universo em uma semana.
Sophia continuava com uma vida comum. Mas excepcionalmente bem vivida. Cada troca gasosa efetuada pelo seu corpo era cortejada e agradecida… E em seguida partia.
Um dia Sophia partiu também. Foi conhecer galáxias, nebulosas, estrelas. Fez um dueto com Lennon, tocou Berceuse para Brahms, deliciou-se com as sinfonias de Beethoven, conversou com Nietszche e Salinger, comeu os deliciosos pães de seu antigo padeiro e conversou por horas com a moça que fazia o pedágio de sua cidade… Aprendeu com Einstein que a felicidade é relativa. E flutuou, flutuou… Sorrindo, sorrindo… Ela fez o que quis, viveu, morreu e foi feliz.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Juntos somos unos, múltiplos...

Vamos reinventar? Fora os velhos hábitos, fora a ociosidade venenosa...
Fora o falso moralismo! Queremos o novo, queremos uma sociedade mais coletiva, menos egoísta. Pensemos bem, a coletividade resolve muitos dos velhos problemas: pensando no bem maior, os problemas existenciais desaparecem. A depressão, tão comum atualmente, será curada. Pra que pensar que ninguém gosta de você ou que ninguém se importa, se você pode pensar em ajudar aquela criança engraxando sapato, na esquina do seu trabalho, a ler e escrever? Se você pode pensar em resolver, fazendo pequenas coisas, problemas tão comentados no mundo, mas tão mal explorados? Por que chorar por um brinco perdido, se você pode sorrir vendo as pessoas mais felizes? A comunhão faz a força, a comunhão cria um homem mais bem resolvido com o exterior, e assim, acaba resolvendo os problemas que assolam sua alma. Moramos todos no mesmo lar, somos todos filhos do nada, que de repente, deu origem a tudo. Quão maravilhoso é isso? Um lar redondo, um lar aconchegante... É nosso dever fazê-lo parecer assim. Guerras, brigas, corrupção são caminhos falhos, são erros que homem insisti em cometer, mesmo sabendo, no fundo, que isso é errado. Isso atrasa a nossa vida, isso deve ser extirpado pelo bem da nação do planeta Terra.
A vida é incrível e passa tão rápido. Por que não deixa-la um pouco melhor do que estava quando você chegou?
Haja hoje! O amanhã a nós não pertence.