segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Máscaras

No meu mundo de ilusão,
Fecho a cortina das facetas
E abro a da solidão.
Descubro-me, conserto-me.

Dispo minhas máscaras,
Fecho meus olhos e esqueço o mundo:
Aquele em que vivi e fui enganada...
Ou melhor, não vivi. Existi.

Mas quando, no meu canto,
Divangando e vivendo, percebo:
Vivo mais quando desisto.
Quando desisto de falar e escutar.

-Os outros, que têm uma ponta da realidade
E ainda assim a mascaram,
Pois têm medo
Da derradeira verdade.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

The Same Old Question

Quem eu sou? Quem eu sou... É estranho. Eu não sei quem sou. Mas se eu sou eu, deveria saber, não deveria? Sim. Eu sou Eu. Não sou?! Mas... Quem sou Eu? Eu sei quem sou Eu, mas não posso afirmar porque, e se Eu não for Eu? E se, durante meus 16 e poucos anos de vida, eu nunca fui quem realmente Sou? Aquela pessoa que me habita... O meu Eu, sabe? Sim, este que estou tentando descobrir. E se esta pessoa ainda não teve a oportunidade de florescer na minha pele e mostrar a mim, como sou, ou melhor, quem sou? E se ela não apareceu, eu vivo? Ou existo? Afinal, quem vive é uma pessoa. Quem existe é um ser-vivo. Não é? Sim. Se eu não sei quem Sou, não vivo. Apenas existo.
Mas sabe uma coisa que eu descobri? Mesmo sendo uma garota muito nova, posso afirmar com clareza: Há sorrisos que mostram quem Sou. COMO?? Imagine, que ultraje! Como eu posso dizer que um sorriso diz quem eu Sou? Ah, tenha calma. A paciência é uma virtude, sabia? Pelo visto eu preciso conhecer a paciência, assim como Eu preciso saber quem Sou. Sim, continuando... Este sorriso vem de mim. Ou pelo menos de parte. Do mesmo sangue que o meu. Vem de minha família. Vem de quem eu amo. Mas aqueles verdadeiros, sabe? Mesmo quando um rosto demontra tristeza... Eu sei que há um sorriso ali. A cada dia que passa, descubro que eles têm mais coisas de mim do que eu mesma. E descubro também quem sou. Pelo menos um pouquinho... 0,00001%. Mas é alguma coisa. Muita coisa!

Um sorriso é muita coisa, mesmo que oculto sob a face do desespero. A pessoa que você ama não é perfeita, por isso não pode estar sempre sorrindo. Mas você sabe que ela está. Sempre. Para você. Porque a ama...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sempre o mesmos erros, sempre os mesmos erros. Quando eu vou aprender?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

.edadeirartnoC

Algumas palavras, por mais palavras que sejam (um conjunto de letras que formamos para tentar expor nossos sentimentos, ou dissimulá-los), quando ditas, matam-te. É uma dor lascinante, que corrói aos poucos, destruindo tudo o que há de bom em ti... E assim começas a chorar. Ou a gritar. Ou então desejas sumir. Desaparecer. Ou quem sabe... um sentimento inesperado aparece: Indiferença. Será mesmo indiferença...? Ou um estado de torpor? A segunda opção é mais provável. É como uma defesa dos corações saturados de suturas. Chega de costuras!

Quero respirar sem precisar lembrar-me disso.
Quero viver sem precisar pensar no Preto.
Quero Preto e Branco. Preto no Branco.

Sorrisos verdadeiros, sentimentos calorosos... mas não os queimam. Quero os que aquecem.
Procuro no céu azul algo como uma gaivota branca. Mas só me aparecem os corvos! Mas com tudo o que há entre o Céu e a Terra, será um corvo um sinal de que eu devo parar de procurar? E viver? Esquecer? Viver... Esquecer?? NÃO. Isso não funciona. Esquecer é mais um sinônimo de lembrar-para-sempre do que antônimo. Há antônimos neste mundo que são tão paradoxais. Amor e Ódio. Há algo que se complemente mais do que isso? Acho que não. Andam lado a lado. O amor chorando e o ódio acalmando-o... Tão enternecedor. Contraditório? Sim. Mas se examinarmos bem... É a verdade. O ódio serve para fazer-nos lembrar quão bom é amar... Outra contradição... Mas assim é a vida, não é?
Contraditória. Paradoxal. Eu nasço e já começo a morrer. A vida que está vivendo e morrendo... Vida e Morte. Juntas também.
Opostos sempre do mesmo lado... E não em lados opostos, como dizem as palavras.

É por isso que eu sempre digo: Palavras, são apenas palavras. Estranhas. Falsas ou verdadeiras. Basta analisá-las. Intrísicamente... Será possível? Não sei.
Por via das dúvidas, não fale. Sinta. Demonstre.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

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Quando você escuta o silêncio, todo o resto faz sentido.