sábado, 30 de janeiro de 2010

Força e Certeza

De onde tirar forças quando achamos que estamos tão fracos, a ponto de não conseguir abrir os olhos e enxergar? Como vencer nossos medos mais obscuros quando fazemos parte da maioria deles? Como seguir em frente se não conseguimos nos libertar dessa corda imaginária chamada ''desespero''?

Imagino e acredito, preciso acreditar, que a força nasce a partir do momento em que plantamos a sua semente. Ela germina e vai crescendo... É normal toda planta necessitar de água, ar e luz para crescer e sobreviver, porém, a semente da força não necessita de cuidados. Ela só necessita de uma coisa para ajudar-nos: que tenhamos vontade de mantê-la, mas que, sobretudo, tenhamos certeza do que queremos. Afinal, se eu não sei o que realmente quero, como poderei ter forças para realizar algo? Se não souber exatamente o que quero, sempre voltarei atrás. Sempe cometerei os mesmos erros. E tudo continuará em um ciclo de terríveis déjà vus.
Então, quando percebemos que tudo está dando errado, queremos dar um basta. Mas sem certeza, tudo repetir-se-á.
Por isso, para você ser alguém forte, precisa ter certeza do que quer. Haverá sofrimentos? Claro, tudo é difícil e se não foi difícil, é porque não é verdadeiro. E geralmente a dificuldade traz sofrimentos. Mas é muito melhor sofrer, como eu já disse antes, por algo que em um certo momento trará paz. Não adianta agarrarmos a uma falsa felicidade. Esta machuca-nos muito mais do que qualquer sofrimento, pois ela nos machuca aos poucos... Torturando-nos tão lentamente que nem percebemos e quando vemos, já estamos completamente mutilados.

É isso o que eu preciso: certeza e força. E é claro, paciência.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Palavras

As palavras sempre que são ditas nos remetem a um fluxo constante de outras palavras, estas que residem em nossa mente. Elas rodam, flutuam, procuram um sentindo, lembram-nos imagens e lembranças, embalharam-se com outras palavras e perdem-se... Algumas perdem-se e ficam a vaguear pelo infinito da nossa mente, em lugares tão ínfimos que nem lembramo-nos delas. Outras de tanto andar pelos labirintos da nossa psique, perdem-se em lugares que nós encontramos facilmente. E falam. Esperneiam. Gritam. Querem ser ouvidas por nós e que expliquemos seu sentido a elas mesmas. Mas elas são apenas palavras. Ingênuas. Não percebem o quanto que nos ferem... Mas elas necessitam de um sentido. Como nós precisamos de ar. As palavras a que me refiro, que fique bem claro, são as da nossa mente. Estas que não possuem som mas fazem um barulho ensurdescedor. Não as que são ditas. Estas são apenas palavras. Ludibriadoras. Assassinas do sono...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Miragens

Enxergar com os olhos abertos é tão difícil. O que vejo são apenas imagens distorcidas, oblíquas, tolas... Implorando-me para serem vistas e compreendidas. Mas elas não entendem que não possuem nada. São apenas imagens... São sopros do destino e que a cada milha que percorrem, modificam-se. São ótimas em disfarce. Exímias ludibriadoras. Convencem-nos de que são boas e, infelizmente, nós costumamos enxergar e aceitar o evidente. Um erro fatal. Considerar o evidente é perigoso... É mais um ardil que as imagens encontram para nos enganar. A verdadeira mensagem está na sua essência. Para encontrá-la, deve-se tirar as várias camadas que ela possui... Suas várias facetas que outrora foram utilizadas para pregar peças naqueles que não sabem procurar.
Se não despi-la por completo, será como examinar uma miragem. Apenas uma visão enganosa...

Por isso prefiro ver de olhos bem fechados. E mente bem aberta. Assim vejo melhor... Como se tirassem uma venda de meus olhos. Como se o manto da ilusão se dissipasse completamente. Ou pelo menos parcialmente. Já é grande coisa. Sim, muita coisa...

domingo, 10 de janeiro de 2010

MentIra

A mentira é uma parasita que, pouco a pouco, vai corroendo a alma

Suas palavras tranquilizantes são apenas soporíferos

E como todo soporífero, seu efeito é efêmero

O despertar é vazio, frio e assustador.





mentira
entira
ntira
tira
ira



[...]

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

The Truth is in You

Ah sim, a felicidade é muito boa... Ela é um bom remédio. Como esses para dor de cabeça. Mas como todo tipo de remédio para dor de cabeça, o efeito passa. As vezes o efeito é duradouro, quando a dor de cabeça é simples. As vezes, o efeito dura bem pouco. Mas até que dá para você pensar com mais clareza... Ou pelo menos pensar que está pensando mais claramente. Na verdade, essa minha ''felicidade'', não foi na realidade uma felicidade, aquelas de verdade, sabe? Estou começando a pensar que ela é pura utopia. Espero estar errada. O que eu senti deve ter sido algo parecido com um torpor... Algo como uma neblina bem espessa, que encobriu meus medos e minhas tristezas. Mas a neblina se foi. Não posso me agarrar a ela para seguir em frente, assim só estarei enganando a mim mesma. Se é que isso é possível. Tenho que ser forte. Continuar minha busca pela verdade. Se é para sofrer, para sentir dor, para chorar e chorar, que seja pela coisa certa. Não por algo leviano. ''Leviano'' aqui significa algo não-duradouro, incerto e cheio de pontos-cegos.

A nossa única certeza, é a nossa verdade. Aquela que se encontra no cerne de nossa existência, emaranhada em nossa psique, clamando para ser encontrada e separada desses pensamentos tolos e oblíquos que tentam escondê-la de nós. É por isto que vale a pena sofrer. Pela verdade.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

No Words

A felicidade e a dor não podem ser descritas, mas sentidas.

A dor eu tentei descrever, para ver se deixava pelo menos um pouco dela nas palavras.

Agora sinto uma leve brisa de felicidade acariciando-me, e quanto menos palavras, mais sobra para mim.

Não que eu esteja sendo egoísta, mas é tão bom senti-la.




[...]

sábado, 2 de janeiro de 2010

Hiperestesia a pensamentos

O infinito tornou-se pequeno demais para as minhas dores. As estrelas fecharam para mim seus postigos, que abrigavam tanta felicidade. O Sol congelou minha alma. O dia tornou-se noite e a noite tornou-se a vilã que me atormenta a cada ínfima hora. Quando penso estar protegida da minha mente, meus pensamentos, que não conseguem tirar férias de mim, aparecem e me assombram. Plantam em mim a semente do medo, da desconfiança, da solidão... Por horas fico a devanear como seria se não tivesse sido o que outrora fora uma possibilidade de ser tão bom. Condescendência? Minha mente insiste em não processar esta palavra. Pesar? É o que ela quer eu sinta. Deplorável? É minha situação. E... Quem sabe um dia.

Tudo bem, tudo bem. Eu sei que esse post tá BEM depressivo. Mas a minha atual situação não permite que eu pegue as rosas para somente aprecia-las. Meu estado mais sente os espinhos do que aprecia sua beleza. Mas ta tranquilo, porque o vento pode ter cessado. Por enquanto. É tudo uma questão de TEMPO.

Bom, se o 1º dia do ano refletir nos outros dias... Bem, to ferrada. Mas eu sei que não vai ser assim. É só mais uma superstição boba. Como todas as outras.



''I'd like to get away from earth awhile
And then come back to it and begin over.''
(Robert Frost)