domingo, 21 de março de 2010

Palavras ao Vento

Rápida e rasteira hoje. Porque eu sei que o que é dito aqui, faz companhia ao Vento no infinito... E só.

A longevidade é muito mais abstrata do que concreta... Ela fere sem tocar, machuca sem nem ao menos avisar... É covarde. Aproxima-se de nós ao passo que nos afasta para bem longe de sua suposta alma. E sofremos. Uma utopia inversa. Onde está minha felicidade? Por que foges de mim desse jeito? Eu não vou te fazer mal... Juro. Confie em mim. Minhas palavras não são neblinas espessas... Elas apenas traduzem o que diz minha alma. Apenas dizem o que minha psique clama com todo ardor. Não cale algo que deve ser dito. Eu posso sufocar...

Ps: Não existem pessoas diferentes. Elas simplesmente nos cativam ou não. No fundo, todas são iguais. Pele, osso, sangue. Coração.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Ciclos

A nossa vida é composta por momentos. Fases. Como as da Lua, porém as suas são um ciclo. As nossas não. Ou pelo menos assim espero. Há algo mais monótono e assustador do que um ciclo? Imagine sua vida indo e vindo... E sempre se repetindo. Sempre os mesmos acontecimentos, as mesmas explosões de euforia e os mesmos picos de tristeza. Certamente provocado pelos mesmos erros tolos... Aqueles que insistimos em ignorar. Quão pernicioso isso é à alma! Mutila. Fere. Mata aos poucos. Burros, somos burros! Sim, uma palavra bela a esta expressão tiraria todo o significado que eu quero dar. Achamo-nos tão inteligentes, tão superiores, que chegamos ao ponto de nunca olhar para trás e pelo menos tentar aprender com os nossos erros!
Um ciclo desses é nocivo à mente, ao coração. É nocivo àquela vida que tão frágil, sobrevive. Quando nos acostumamos a ciclos, nossa vida passa a ser uma mera existência e todos as pessoas tornam-se meros mortais. Transitórios. E não é isso que realmente somos? NÃO! Por favor, não pense assim. A vida é mais do que uma simples realidade. É mais do que uma mera desilusão. Tente imaginar mais uma vez... Você vive. Respira. Anda. Fala. Você pensa!

Eu sei que as vezes, é muito difícil ter uma visão otimista da vida. Eu mesma tenho muitos pensamentos obscuros. Erro bastante. E tenho medos. Quem não os têm? Mas se apenas observarmos as falhas do todo, acabaremos por afundar nesses pontos-cegos... Eu não quero deixar de viver desse modo... Não quero existir no nada. Prefiro deixar de viver apenas quando o meu músculo pulsante cessar...
E você, o que você quer?