terça-feira, 27 de julho de 2010

Não há Tédio algum...

...e sim a maravilhosa Vida.

O que faremos amanhã quando acordarmos? Levantar da cama, tomar banho, escovar os dentes, tomar café... Enfim, o trivial. - O de sempre garçom, por favor. Sirva-me a mesma dose de ontem. Quer saber, anote ai: quero o mesmo para todos os outros dias da minha vida.
E assim sua vida segue. A mesma rotina, os mesmos passos, a mesma comida, os mesmos hábitos e costumes. "Ai senhor, como essa vida é-me cansativa. Quanto tédio." Então vem o Tempo e, na sua habitual discrição, diz a você: "Calma amigo... Hoje tu reclamas de mim. Amanhã quem sabe, tua hora chegará. Encontar-te-as com a Morte e então não vais precisar reclamar mais. Teu tédio acabará e esse fardo que tu chamas de vida, enfim encerrará."
[...]
O que você está fazendo com sua vida? Você sabe ao menos o significado dela? Nunca pensou nisso? Pois bem, deveria pensar. Um dia tudo vai acabar. Um dia seu coração vai parar de bater, seu cérebro vai parar de funcionar e tudo terminará como começou. No escuro mais infindável. Acabou. É um trem que jamais retorna à sua estação e nossa passagem já está comprada.
E então, o que você fez hoje? O mesmo de ontem? E gostou? Não? Nossa... Passou o dia sabia? Ele não volta. Esse segundo que você usou para respirar passou. Ele te ajudou tanto. Manteve você vivo. E você nem agradeceu... Quanta ingratidão.
A Vida é repleta de surpresas. Tira de nós algumas coisas, mas sempre repõe. Sempre mesmo. Em tudo que é ruim há algo bom. Devemos aproveitar cada instante desse presente magnífico que nós possuímos. Tantas crianças morrem cedo ou simplesmente não nascem. Mas nós nascemos e nós estamos aqui. Devemos fazer por onde e acrescentar algo útil à humanidade. Porém a grande descoberta que você pode fazer é saber quem você é e o que vai fazer com a sua vida. Sabe, é uma grande responsabilidade. É incrível. E é única.
E lembre-se: a vida não é como um relógio que fica tic-taqueando para sempre... A vida termina. Ela acaba e não volta.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Labirinto

Têm dias que você acorda e pensa que tudo vai dar errado. Seu cabelo está feio e seu coração pior ainda. Você fica calada na mesa do café da manhã e responde apenas o necessário, monossilabicamente. Irrita-se quando seus pais fazem muitas perguntas e fecha a cara (mais do que antes). Irrita-se mais ainda quando eles ficam te chamando de bebezinha, filhinha, amorzinho. "Cara, eu não sou mais criança! Meus atos não sugerem nada? Não quero conversar, me deixem em paz.'' É assim que você pensa. Se tiver coragem, quem sabe não explane isso. O mundo para você está mais do que apenas achatado nos pólos. Está chato, muito chato. Não sabe mais porque vive. Dúvidas e mais dúvidas. A pessoa que você ama, ou amava, não se importa mais como antes e você nem se importa também (não como já se importara). Já doeu tanto. Mas ainda assim, preferia que se importasse. Melhor do que sentir apatia, indiferença. Mas você não se importa. Acorda, respira o dia inteiro sem motivo algum e dorme, o dia seguinte é tão maçante e sem-sentido como o anterior. ALGUÉM, por favor. Alguém me mostre porque eu estou aqui. Por que eu vivo? Quem sou eu? De onde esse mundo veio? Ah… As questões existenciais… São tantas. Muitas perguntas, nenhuma resposta. Minha mente clama por respostas, minhas perguntas estão me matando. Chorei e sofri por outros, mas agora não sei mais se é por eles que lagrimo de vez em quando. Acho que é por mim mesma. Entrei no labirinto da vida e não sei se isso é bom ou ruim. Tem gente que mata. Tem gente que rouba. Tem gente que mente. Por que? Essas pessoas, se continuarem assim, provavelmente nunca descubram quem são de verdade. São apenas marionetes… Acham que manipulam o mundo inteiro, mas elas são as que mais perdem nessa história. Perdem-se mais ainda no labirinto da vida. Talvez morram nele. Não acho que a vida inteira seja esse labirinto… Acho que o meu Eu está no fim desse labirinto. Preciso chegar lá. Preciso me encontrar. O que procuro, afinal, não é um sentido para a vida. Procuro a mim mesma. Talvez seja essa o sentido da vida. Descobrir-nos.
Ah, por favor, não desconte sua raiva na sua família. Eles te amam. Eles me amam. Eles fazem muito mais do que amenizar essa busca incessante que a vida nos impôs. Mas lembre-se:
A jornada é sua e de mais ninguém.