sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

.edadeirartnoC

Algumas palavras, por mais palavras que sejam (um conjunto de letras que formamos para tentar expor nossos sentimentos, ou dissimulá-los), quando ditas, matam-te. É uma dor lascinante, que corrói aos poucos, destruindo tudo o que há de bom em ti... E assim começas a chorar. Ou a gritar. Ou então desejas sumir. Desaparecer. Ou quem sabe... um sentimento inesperado aparece: Indiferença. Será mesmo indiferença...? Ou um estado de torpor? A segunda opção é mais provável. É como uma defesa dos corações saturados de suturas. Chega de costuras!

Quero respirar sem precisar lembrar-me disso.
Quero viver sem precisar pensar no Preto.
Quero Preto e Branco. Preto no Branco.

Sorrisos verdadeiros, sentimentos calorosos... mas não os queimam. Quero os que aquecem.
Procuro no céu azul algo como uma gaivota branca. Mas só me aparecem os corvos! Mas com tudo o que há entre o Céu e a Terra, será um corvo um sinal de que eu devo parar de procurar? E viver? Esquecer? Viver... Esquecer?? NÃO. Isso não funciona. Esquecer é mais um sinônimo de lembrar-para-sempre do que antônimo. Há antônimos neste mundo que são tão paradoxais. Amor e Ódio. Há algo que se complemente mais do que isso? Acho que não. Andam lado a lado. O amor chorando e o ódio acalmando-o... Tão enternecedor. Contraditório? Sim. Mas se examinarmos bem... É a verdade. O ódio serve para fazer-nos lembrar quão bom é amar... Outra contradição... Mas assim é a vida, não é?
Contraditória. Paradoxal. Eu nasço e já começo a morrer. A vida que está vivendo e morrendo... Vida e Morte. Juntas também.
Opostos sempre do mesmo lado... E não em lados opostos, como dizem as palavras.

É por isso que eu sempre digo: Palavras, são apenas palavras. Estranhas. Falsas ou verdadeiras. Basta analisá-las. Intrísicamente... Será possível? Não sei.
Por via das dúvidas, não fale. Sinta. Demonstre.

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