segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

The Silence

Há algo mais sublime e raro do que o verdadeiro silêncio? Não falo do silêncio por não haver sons ou palavras, porque ainda assim, nossa mente faz um som ensudescedor. Não, esse silêncio definitivamente não é saudável. Falo do silêncio, que quando pronunciado, acalma a alma... O que falar então do silêncio contemplativo? Faz-me manter a minha sanidade, esta que por muitas vezes me diz adeus... Mas sempre acaba voltando. Como um adulto chato e cético que faz de tudo para não aceitar o novo. Quando descubro algo, a minha sanidade ameaça-me: ''Tu vais mesmo fazer isto contigo? O que vão dizer de mim? Irão dizer que fui uma péssima assistente. Eu tento trazer-te ao mundo real, mas tu insistes em me desafiar! Não vou embora porque tenho uma grande afeição por ti, mas irrite-me outra vez que deixo-te para sempre!'' E assim ela diz toda vez, então, para acalmá-la, prenseteio-a com o mais sublime dos silêncios, com o mais belo que puder encontrar. Eu não sou adepta do poder, mas o que posso fazer se ela quer me dominar? Tenho que assumir o controle dela, portanto, de minha vida. Gosto de correr riscos. Quero conhecer-me. Ela há de me entender, um dia minha sanidade irá entender, e quando este dia chegar, sei que ela estará exaurida de sua forças, mas neste dia ela fortalecer-se-á. Irá agradecer-me e ainda acrescentará: ''Obrigada, todos dirão como fui forte por aguentar-te durante todo este tempo. Sim, muito obrigada. A recompensa é muito mais valiosa do que qualquer paz que você poderia ter me dado durante esses anos.''


E aqui um poeminha que eu fiz, não é grandioso, é singelo. Mas eu o aprecio imensamente.

O silêncio é nada, mas diz tudo
É um texto sem palavras
Uma canção sem melodia

O silêncio diz tudo e não diz nada
Silencia e adormece
Sorri e entristece

O silêncio é um jogo de palavras
Palavras que não são ditas
Palavras que são sentidas


E só.

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