quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Extremos

A linha que separa o amor do ódio é tão tênue... As vezes até pode confundir. Quando do lado do ódio, a linha pode se romper. E aí não há mais caminhos de volta ao amor. Apenas lembranças.


Waiting for this day.

sábado, 9 de outubro de 2010

Looking back

Quantas palavras devem ter aqui, neste blog? Algumas várias... Tento transcrever ao máximo o que minha mente grita para mim, assim, talvez, ela fique mais quieta. Mas não basta. Falar e falar... Palavras. Idealizações.
Eu disse que preciso de força e certeza. Esforcei-me para conseguir ambas? Disse também que preciso da sábia Razão ao meu lado para não mais errar. Não lembro de tê-la chamado. Não tão alto. Disse também, muitas vezes, que não podia confiar no evidente e muito menos nas palavras. Mas se eu escuto aquela palavra, desabo... Tola, fraca.
É, não venho fazendo corretamente a minha tarefa. Estou tentando procurar a mim mesma? Não, continuo sofrendo pelo banal, mundano e frugal...
E adianta dizer que o tempo quem fará com que, aos poucos, eu consiga tudo isso? E o tempo existe? O tempo será sempre o mesmo tempo se a vontade de mudar e de agir não partir de mim. Está tudo em mim. A verdade, a mentira, a coragem, a covardia. O amor e a apatia. A indiferença. Alguns sentimentos aparecem mais que outros e isso é o que nos faz cometer os mesmo erros constantemente. Reavaliação e equilíbrio são as palavras-chave. Eu espero. Quantas vezes já não disse, aqui, o que é certo e o que eu devo fazer?
Estou começando a achar que nada é o que penso...

Será?

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Demasiado humano

Hipocrisia,
Enquanto eu chorava,
você ria.

Por que o ser humano, às vezes, é tão hipócrita? Estes se fecham em uma bolha tão grande, resistente e opaca que quase nunca se dão conta do que acontece no nosso mundo. Acham que a vida é só um punhado de festas e prazeres. Chafurdarão na lama da escuridão se não se arriscarem a ver o mundo como ele realmente é. Quando eu digo mundo, refiro-me também - principalmente - à Vida. Impactante, sofrida e muita complexa. Mas linda, incrivelmente impressionante. Tenho pena dos que se impõe esse auto-cárcere. Um dia ela se vai. Nesse exato momento, segundos e minutos preciosos da sua Vida estão se esvaindo. Abra os olhos, dissipe esse manto de ilusão de sua vista, vai doer um pouco, mas valer muito a pena.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Não há Tédio algum...

...e sim a maravilhosa Vida.

O que faremos amanhã quando acordarmos? Levantar da cama, tomar banho, escovar os dentes, tomar café... Enfim, o trivial. - O de sempre garçom, por favor. Sirva-me a mesma dose de ontem. Quer saber, anote ai: quero o mesmo para todos os outros dias da minha vida.
E assim sua vida segue. A mesma rotina, os mesmos passos, a mesma comida, os mesmos hábitos e costumes. "Ai senhor, como essa vida é-me cansativa. Quanto tédio." Então vem o Tempo e, na sua habitual discrição, diz a você: "Calma amigo... Hoje tu reclamas de mim. Amanhã quem sabe, tua hora chegará. Encontar-te-as com a Morte e então não vais precisar reclamar mais. Teu tédio acabará e esse fardo que tu chamas de vida, enfim encerrará."
[...]
O que você está fazendo com sua vida? Você sabe ao menos o significado dela? Nunca pensou nisso? Pois bem, deveria pensar. Um dia tudo vai acabar. Um dia seu coração vai parar de bater, seu cérebro vai parar de funcionar e tudo terminará como começou. No escuro mais infindável. Acabou. É um trem que jamais retorna à sua estação e nossa passagem já está comprada.
E então, o que você fez hoje? O mesmo de ontem? E gostou? Não? Nossa... Passou o dia sabia? Ele não volta. Esse segundo que você usou para respirar passou. Ele te ajudou tanto. Manteve você vivo. E você nem agradeceu... Quanta ingratidão.
A Vida é repleta de surpresas. Tira de nós algumas coisas, mas sempre repõe. Sempre mesmo. Em tudo que é ruim há algo bom. Devemos aproveitar cada instante desse presente magnífico que nós possuímos. Tantas crianças morrem cedo ou simplesmente não nascem. Mas nós nascemos e nós estamos aqui. Devemos fazer por onde e acrescentar algo útil à humanidade. Porém a grande descoberta que você pode fazer é saber quem você é e o que vai fazer com a sua vida. Sabe, é uma grande responsabilidade. É incrível. E é única.
E lembre-se: a vida não é como um relógio que fica tic-taqueando para sempre... A vida termina. Ela acaba e não volta.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Labirinto

Têm dias que você acorda e pensa que tudo vai dar errado. Seu cabelo está feio e seu coração pior ainda. Você fica calada na mesa do café da manhã e responde apenas o necessário, monossilabicamente. Irrita-se quando seus pais fazem muitas perguntas e fecha a cara (mais do que antes). Irrita-se mais ainda quando eles ficam te chamando de bebezinha, filhinha, amorzinho. "Cara, eu não sou mais criança! Meus atos não sugerem nada? Não quero conversar, me deixem em paz.'' É assim que você pensa. Se tiver coragem, quem sabe não explane isso. O mundo para você está mais do que apenas achatado nos pólos. Está chato, muito chato. Não sabe mais porque vive. Dúvidas e mais dúvidas. A pessoa que você ama, ou amava, não se importa mais como antes e você nem se importa também (não como já se importara). Já doeu tanto. Mas ainda assim, preferia que se importasse. Melhor do que sentir apatia, indiferença. Mas você não se importa. Acorda, respira o dia inteiro sem motivo algum e dorme, o dia seguinte é tão maçante e sem-sentido como o anterior. ALGUÉM, por favor. Alguém me mostre porque eu estou aqui. Por que eu vivo? Quem sou eu? De onde esse mundo veio? Ah… As questões existenciais… São tantas. Muitas perguntas, nenhuma resposta. Minha mente clama por respostas, minhas perguntas estão me matando. Chorei e sofri por outros, mas agora não sei mais se é por eles que lagrimo de vez em quando. Acho que é por mim mesma. Entrei no labirinto da vida e não sei se isso é bom ou ruim. Tem gente que mata. Tem gente que rouba. Tem gente que mente. Por que? Essas pessoas, se continuarem assim, provavelmente nunca descubram quem são de verdade. São apenas marionetes… Acham que manipulam o mundo inteiro, mas elas são as que mais perdem nessa história. Perdem-se mais ainda no labirinto da vida. Talvez morram nele. Não acho que a vida inteira seja esse labirinto… Acho que o meu Eu está no fim desse labirinto. Preciso chegar lá. Preciso me encontrar. O que procuro, afinal, não é um sentido para a vida. Procuro a mim mesma. Talvez seja essa o sentido da vida. Descobrir-nos.
Ah, por favor, não desconte sua raiva na sua família. Eles te amam. Eles me amam. Eles fazem muito mais do que amenizar essa busca incessante que a vida nos impôs. Mas lembre-se:
A jornada é sua e de mais ninguém.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A derradeira

Venho procurando, há não muito tempo, a verdade. Há todo um discurso grandiloqüente dos grandes pensadores sobre a verdade.'' Encontra a verdade e serás libertado.'' Clássica, não?! Acredito nisso fervorosamente desde a primeira vez em que li algo assim. Estava sofrendo muito, eu suponho... Ninguém quer procurar algo tão complexo e misterioso como a verdade, afinal. A não ser quando tudo o que você sempre acreditou, desmorona. Suas pontes e seus elos foram rompidos, sua identidade foi usurpada (assim costumamos pensar). O que fazer quando isso ocorre? Alguns chafurdam na lama da própria existência. Outros, procurando mais comodidade e facilidade, constroem novas pontes, estas apoiadas na mentira - é apenas uma questão de tempo para que elas desmoronem novamente.
Outros... Bem, outros querem procurar a iniludível - ela, a verdade. O pernicioso é que nós não fazemos a menor idéia por onde começar. - Onde te escondes?
Eu acredito (influenciada pelos Grandes, é claro) que empreendemos essa jornada justamente para sofrer por algo que não o banal - banal aqui significa algo terreno, como sentimentos e sofrimentos humanos. Abstemo-nos assim da dor causada por outrem e a dor que passamos a sentir é causada por nós mesmos. Pela nossa busca. Vale mais a pena, não?! Sofrer pelo certo, como disse Niteszche.

Disse no início que achamos que usurparam nossa identidade. Agora pense: Não foi você quem a entregou? Não foi você quem a perdeu sem nem ao menos lutar? SItálicoua identidade é você. Sua essência, seu pensamento. Você é responsável unicamente por você. Ninguém jamais ocupará esse posto.

Nós somos ditadores de nós mesmos e ninguém mais. ''Aquilo que nós construímos, podemos destruir.''

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Das palavras esquecidas

Pensei que seria o sujeito
Da nossa bela oração,
Mas aí veio ela, a ironia.
Consigo trouxe o senhor Anacoluto
E eu, o suposto sujeito,
Fiquei esquecido e tu postes
Outro no meu lugar.
Pus-me a chorar.
Esse é o preço de tanto amar...




Dói lembrar. Alegra-me saber que tive algo tão belo para lembrar, mas ainda assim, dói.