quarta-feira, 25 de maio de 2011

Solilóquio Sem Fim

"Solilóquio sem fim e rio revolto..."

Ruminando as palavras... Quantas palavras. Não só palavras. Mas imagens. Momentos. O que aquele gesto significou? E o que poderia ter sido?
Sempre ruminando pensamentos tormentosos. Minha mente, às vezes, aparenta ser tão sádica...

"O que é consciência, lógica ou absurdo?" É tanto, é tanto... Tanto que não sei o que é o que. A gente ouve o que nossa mente quer ouvir. E aí? E aí que quando a verdade aparece, é como se uma faca atravessasse teu peito. Porque dói... Qual o problema de ouvir? Ouvir na magnitude da palavra: limpar o consciente de ideias pré-concebidas. Apenas ouvir. E depois pensar. Depois, só depois.

"A memória em vigília alcança o solto/ Perpassar dos episódios, uns futuros/ e outro passados, vagos, ondulando/ num implacável estribilho surdo." O mesmo filme sempre... As mesmas imagens, diferentes interpretações. Umas ruins, oh, tão ruins! E algumas tão boas...

"E tudo num refrão atormentado:/ memória, raciocínio, descalabro.../ Há também a janela da amplidão" [...] Onde está esta janela?

Oh, então, logo vi! Ali está a janela. E depois dela? Depois vejo um postigo. "Esse último portão, que eu abro/ Para a fuga completa da razão."


(Poema Solilóquio Sem Fim e Rio Revolto de Jorge de Lima.)

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