quinta-feira, 14 de abril de 2011

Tudo Passa

Às vezes, encontrar a palavra certa é tão difícil. Às vezes, ruminar sentimentos oprimidos e momentos esquecidos é tão sofrido.

Às vezes, o Sol ta lá em cima. Bem acima da minha cabeça. E brilha tão forte. Tão forte que dói. Arde. Queima.
Às vezes, o Sol se esconde. Fica numa montanha tão alta e escondida e eu não consigo acha-lo (sinto falta do ardor). E ai faz frio. Doem os ossos. A ponta do nariz fica quase quebradiça (sinto falta do calor opressor).
E o Sol volta. Tão quente, tão quente... Queria que o Sol fosse embora (como ardem minhas costas!).

E vai e volta... E quando está, queria que se fosse. E quando se vai, queria que estivesse.

[...]

Então um dia o Sol voltou. Mas veio com ele uma nuvem. Nuvem bonita, nuvem amiga. Quando ardia muito, ela se colocava parcialmente na frente do Sol. E ai não ardia mais. Era bom.
E ai pensar naquilo tudo não mais machucava. Era como um calor encoberto por uma nuvem.
Era morno... A ideia de que nada dura pra sempre abrandava os pensamentos bons que machucavam. E as imagens tornavam-se brandas.

Um calor bom. Não ardia mais. Não doía mais.

A nuvem ficou lá.

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