quinta-feira, 8 de abril de 2010

Pare um Pouco

Um dia tão difícil esse que nós tivemos. Tristezas disfarçadas de alguns ataques de euforia... Aquele seu riso singelo que todos pensaram ser verdade, funcionou. Você conseguiu enganar aqueles que pouco se importam com sua situação. E assim foi ontem também, não foi? Você já tentou conversar, desabafar, mas as palavras de consolo que você ouve são sempre as mesmas. A partir do momento em que as pronunciam, elas causam-nos um ligeiro desconforto, um leve farfalhar de pensamentos. E não fazem mais do que isso, se vão como se nunca houvessem existido. Então você desiste de tentar ser compreendido, certo? Sim. Como não? Falar e não ser escutado é como estar perdido no meio de uma multidão e, desesperado por não saber para onde ir, começamos a gritar o mais alto que podemos. O grito vem do fundo da alma, mas ninguém te escuta. Os transeuntes passam por você, todos indiferentes. Alguns dão um risinho sarcástico, como se você fosse apenas um louco. E quem não o é?
[...]
E então você silencia. Afinal, chega a hora em que a razão nos envolve em seu manto cor-de-tudo e nos mostra tudo o que já aconteceu... Ela nos mostra que precisamos parar para seguir em frente. Mostra-nos que o desespero não leva a nada e que a nossa vida importa a nós quando queremos que ela importe.

Quando você notar que a mesma cena de determinados momentos da sua vida vêm se repetindo muito constantemente, pare. Vá para bem longe, até que sua vida transforme-se em uma bolinha minúscula. Vale mesmo a pena ver sempre o mesmo filme? Eu aposto que se a razão estivese ao seu lado vendo a novela de sua vida, ela não permitiria tal absurdo...

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